sábado, 3 de abril de 2010
Argumento (Chico Xavier/Emmanuel)
Ante os amados que te não compreendem, estimarias que todos cressem conforme crês.
Alguns jazem desesperados nas trevas do pessimismo.
Outros caem, pouco a pouco, no abismo da negação.
Há muitos que te lançam insulto em rosto, como se a tua convicção fosse passo à loucura.
E surpreendes, em cada canto, aqueles que te falam pelo diapasão da ironia.
Mergulhas-te, muitas vezes, no oceano revolto das palavras veementes que os opositores, de imediato, não podem admitir; em outras ocasiões, desejas acontecimentos inusitados, que lhes alterem o modo de pensar e de ser.
Entretanto, recordemos o Cristo.
Ninguém, quanto ele, deixou na retaguarda tantas demonstrações de poder celeste.
Deu nova estrutura à forma dos elementos.
Apaziguou as energias desvairadas da Natureza.
Reaqueceu corpos que a morte imobilizava.
Restituiu a visão aos cegos.
Restaurou paralíticos.
Limpou feridentos.
Curou alienados mentais.
Operou maravilhas, somente atribuíveis à ciência divina.
Contudo, não foi pelos deslumbramentos produzidos que se converteu em mentor excelso da Humanidade.
Jesus agiganta-se, na esteira dos séculos, pela força do exemplo.
Anjo - caminhou entre os homens.
Senhor do mundo - não reteve uma pedra para repousar a cabeça.
Sábio - foi simples.
Grande - alinhou-se entre os pequenos.
Juiz dos juizes - espalhou a misericórdia.
Caluniado - lançou bênçãos.
Traído - não reclamou.
Acusado - humilhou a si mesmo.
Ferido - esqueceu toda ofensa.
Injuriado - silenciou.
Crucificado pediu perdão para os próprios verdugos.
Abandonado voltou para auxiliar.
Ação é voz que fala à razão.
Se aspiras, assim, a convencer os que te rodeiam quanto à verdade, não olvides que, acima de todos os fenômenos passageiros e discutíveis, o único argumento edificante de que dispões é o de tua própria conduta, no livro da própria vida.